Introdução
O NTFS (New Technology File System) é um sistema de arquivos que surgiu com o lançamento do Windows NT. Sua confiabilidade e desempenho fizeram com que fosse adotado nos sistemas operacionais posteriores da Microsoft, como Windows XP, Windows Vista, Windows 7 e Windows Server 2008. Mas, quais são as principais características do NTFS? No que esse sistema de arquivos se diferencia? De fato, o que é NTFS? As respostas para estas e outras questões você confere a seguir.
Antes, o que é um sistema de arquivos?
Não é possível gravar dados em um HD ou em qualquer outro dispositivo de armazenamento de forma a manter as informações acessíveis e organizadas sem um sistema de arquivos (file system) - essencialmente, um tipo de estrutura que indica como os arquivos devem ser gravados e lidos pelo sistema operacional do computador.
É o sistema de arquivos que determina como as informações podem ser guardadas, acessadas, copiadas, alteradas, nomeadas e até apagadas. Ou seja, resumindo, toda e qualquer manipulação de dados em um dispositivo de armazenamento necessita de um sistema de arquivos para que estas ações sejam possíveis. Sem um sistema de arquivos, os dados armazenados seriam apenas um conjunto de bits sem utilidade.
Há vários sistemas de arquivos disponíveis, para os mais diversos sistemas operacionais e para as mais variadas finalidades.
Como o NTFS surgiu?
O NTFS é um sistema de arquivos amplamente utilizado nos sistemas operacionais da Microsoft. Sua primeira aparição foi no Windows NT, sistema operacional para uso em servidores cuja primeira versão foi lançada em 1993. No entanto, a história do NTFS começa muito antes disso.
Até aquela época, a Microsoft não possuía nenhum sistema operacional capaz de fazer frente ao Unix e suas variações em aplicações de servidores. Seus principais produtos eram o MS-DOS e a linha Windows 3.x, essencialmente, sistemas operacionais para uso doméstico ou em escritório. Era preciso criar algo novo, capaz de disputar mercado com as soluções baseadas em Unix. Foi aí que surgiu o Windows NT.
De nada adianta um sistema operacional novo se o seu sistema de arquivos for limitado. Na época, a Microsoft tinha em mãos o sistema de arquivos FAT. Este funcionava razoavelmente bem em aplicações domésticas, mas não serviria aos propósitos do novo projeto por uma série de restrições, entre elas, baixa tolerância a falhas, inviabilidade de uso de permissões de arquivos e limitações para o trabalho com grande volume de dados.
Para superar esses e outros problemas, a Microsoft decidiu utilizar o NTFS. Porém, ao contrário do que muita gente pensa, a empresa não desenvolveu esse sistema de arquivos sozinha. Ela utilizou como base o HPFS (High Performance File System), sistema de arquivos que tinha a IBM por trás.
No início da década de 1980, ambas as companhias fecharam um acordo para o desenvolvimento do OS/2, um sistema operacional até então moderno, que se destacaria por sua capacidade gráfica (naquela época, era muito comum o uso de sistemas operacionais baseados em linha de comando).
O problema é que, logo, Microsoft e IBM passaram a divergir em relação a diversos pontos. Como consequência, desfizeram a parceria. A IBM continuou tocando o projeto do OS/2, enquanto que a Microsoft foi cuidar de seus interesses, mais precisamente, do projeto que resultou no Windows NT. No entanto, a companhia não abandonou a parceria de mãos vazias: levou vários conceitos do HPFS - o sistema de arquivos do OS/2 - relacionados à segurança, confiabilidade e desempenho para posteriormente implementá-los no NTFS.
Sabe-se também que o NTFS tem alguma relação com o Files-11, sistema de arquivos do sistema operacional VMS, que passou às mãos da Compaq em 1998, empresa que posteriormente foi adquirida pela HP. Quando os trabalhos no VMS estavam em andamento, parte de sua equipe se transferiu para Microsoft, com destaque para o engenheiro de software Dave Cutler, um dos nomes por trás do NTFS e do próprio Windows NT
Leia mais: http://www.infowester.com/ntfs.php
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